Os preparativos começam cedo. As combinações de pratos entre os convidados e anfitriões também. É tudo tão previsível que o cardápio é imutável e cada pessoa se compromete a trazer invariavelmente o mesmo do ano anterior. Uma correria. Forno cheirando a chéster, panelas no fogo, penso nos últimos detalhes da recepção. Cada talher, pratos, guardanapos... tudo em seu devido lugar. A mesa fica linda.
Os convidados chegam carregados de sacolas e pratos cuidadosamente tansportados para não ocorrer qualquer tragédia - gordura na roupa nova recém-comprada.
Beijos, abraços, saudações até aos visinhos que mal nós vemos durante o ano todo. O espirito fraternal natalino está no ar. Quase todos dispostos a rever o mau humor, desfazer as caras feias...
Acomodados nos sofás ou conversando em rodinhas, as famílias se distraem mastigando muita comida. Perto da meia-noite, chega a hora do Papai-Noel. Todos param. A fantasia toma conta do ambiente e inicia a distribuição de presentes e beijos. Alguns se emocionam, choram... Todos se abraçam.
Passa de meia-noite. A sala a essa altura está repleta de papel e migalhas de comida, que vez ou outra caem no chão. Cansados, com os pés doídos dos saltos altos, quem pode se esparrama no sofá.
Começam as especulações para o almoço do dia seguinte.
Horário da chegada e comentários sobre o cardápio.
Alguém toma a iniciativa de dizer tchau e uma fila se aglomera na porta para se despedir.
Casa vazia, todos cansados. Começo a recolher a sujeira... por sorte maridão resolve ajudar. Morta, caio na cama e durmo...
Gente... AMO MUITO TUDO ISSO!
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