segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Primeiro filho.

Primeiro filho... Que os nossos filhos não são feitos para nós e sim para o mundo todos já sabem, e que ser mãe é simplesmente padecer no paraíso, está na ponta da lingua de qualquer mãe que se preze. Lembro-me o dia em que ele nasceu, o momento em que se aconchegou no meu colo todo enrolado em um cobertorzinho verde. lembro-me da primeira mamada, das noites que passei em claro, a cançãozinha que eu inventei para faze-lo dormir (naninha naninha eu quero fazer...), a primeira palavra, as primeiras frases (Color é o nosso presidente) rsrsrsrs. E a mania que me persegue até hoje de ir ao seu quarto ver se está dormindo e se tem algum pernilongo. Não existe cena mais lúdica, emocionante e envolvente que ver um filho dormir. Os olhos fechados, a respiração cerrada, os cabelos desalinhados, parece que nada no mundo irá lhe atingir. O primeiro dia na escola na qual surpreendeu a professora fazendo a apostila toda no 1ºe 2º dia de aula (depois disso durante o resto do ano só brincou e não mais pegou num lapis). Me lembro das primeiros escritos (que eram escritos da direita para a esquerda igual a japones), os presentes feitos manualmente para me homenagear (nenhum eram coloridos, ele não pintava nada, morria de preguiça e ainda dizia que gostava tudo pintado de branco) todos acompanhados por cartinhas, me lembro das fantasias de batman... Tudo passa feito um zoom na minha mente. Fico pensando. As mães erram muito na educação dos filhos. Elas deveriam é preparar o mundo para recebê-los. Talvez assim a mãe padecesse menos no paraíso. Nossos filhos são entregues a um mundo com violência, crimes, gente usando drogas , muita injustiça social e tristeza. Não adianta. Não estamos preparadas para deixar os filhos criarem suas asas e partirem. Nosso egoísmo não deixa. Mães experientes, que já passaram por isso, consolem-me, por favor. Digam-me que a gente sobrevive. É preciso reconhecer que eles cresceram, estão maduros e conseguem, resolver seus próprios problemas. Só peço a Deus que quando meu filho voltar de suas baladas dê uma passadinha pelo meu quarto e, com carinho, deixe um beijo no meu rosto.    (texto adaptado a minha vida)

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